Aparentemente...

Aparentemente uma escola em Aveiro vai comemorar os cem anos da República vestindo um grupo de crianças como a Mocidade Portuguesa, segundo a docente “nada neste projecto leva para ideias de fascismo”, i.e., se um automobilista não tiver na mão uma garrafa de álcool logo não está bêbado e não devia pagar multas de automóvel depois de ter soprado no balão. Além do mais, aquilo não é um balão ou acham que aquilo é um balão? Se eu meter hélio naquela coisa aquilo voa? Não, não voa. Aquilo é uma palhinha, sopramos para uma palhinha num tik talk. Um dia andam todos os alemães com bigode à Charlie Chaplin a comemorar a história da Alemanha e a referir que estão de braço no ar não como uma comemoração hitleriana, mas à espera de donut.

Aparentemente o Citibank de Manhattan despediu Debrahlee Lorenzana por ser demasiado sensual. Aparentemente Debrahlee Lorenza por afinidade ao banco deve pensar em fazer uma plástica para ficar mais parecida com a Betty feia. Aparentemente o director do banco deve ter um fetiche com essa personagem ou transmontanas de bigode, ou ainda pode estar com ciúmes dos olhares do secretário à empregada despedida. Aparentemente, no Citibank, só de burca ou com roupas tão largas onde se possa meter três transatlânticos, um camelo, duas páginas amarelas e um mini-milk da Olá.

Aparentemente um jovem timorense vive com uma jibóia em casa, a mesma protege-o dos outros humanos. Aparentemente ela não quis ficar na floresta e agarrou-se a ele. Aparentemente se vires um automóvel aproximar-se a 120km enquanto tu atravessas a estrada ele só te quer proteger, aparentemente o mesmo funciona com leões, balas, portugueses com a mania e sotaque à brasileiro, transmontanas com bigode, Sócrates com o aumento dos impostos e toda a discografia do Clemente. “Eu queria ser abelha para sugar a vida inteira o teu pólen em minha flor (…) Zzz, sou uma abelha. Zzz…”

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Notas neste episódio:

• Citação da docente em: http://publico.pt/Sociedade/criancas-vestemse-com-fardas-da-mocidade-para-reviver-100-anos-de-republica_1440933

• Música “Colmeia do Amor, do Clemente.